Conheça a relação entre a disfunção da articulação temporomandibular e a dor de cabeça

Dor de cabeça ou, cientificamente falando, cefaleia. Este é um dos sintomas mais comuns na maioria dos consultórios médicos. Há inúmeras causas para tal. Não é objetivo deste artigo falar sobre isso, mas sim sobre uma das possíveis causadoras deste desagradável sintoma: a articulação temporomandibular. 

O que é a articulação temporomandibular?

Mas que nome estranho é este, articulação temporomandibular (ou abreviando, ATM)? Esta é a designação da articulação entre o osso temporal (recorda-se, um dos ossos na parte lateral da nossa cabeça?) e a mandíbula, ou osso maxilar, que articula concretamente através dos seus côndilos (ver imagem 1).

Imagem 1 - Articulação temporomandibular.

O termo disfunção temporomandibular (DTM) é utilizado para reunir um grupo de doenças que afetam os músculos da mastigação, a ATM e as estruturas adjacentes.

Sabia que esta pequena articulação (uma de cada lado da cabeça) pode ser uma das causadoras de cefaleias? Sim, é mesmo verdade. Estas alterações não afetam apenas adultos, podem afetar crianças e adolescentes, no entanto, são mais comuns entre os 20 a 45 anos, especialmente nas mulheres.

A cefaleia, ou dor de cabeça, é um dos sintomas mais comuns de disfunção nesta articulação. As DTM estão associadas a disfunção nas estruturas músculo-esqueléticas da cabeça e do pescoço.

Provavelmente é algo que nunca pensou, mas esta articulação tem diversos movimentos: para cima e para baixo, para trás e para a frente e ainda para os lados. Coloque-se em frente a um espelho e observe os movimentos desta parte do seu corpo. Observe se há alguma assimetria nos movimentos. Constate se algum deles provoca estalidos, se é desconfortável ou mesmo doloroso. Se notar alterações ou surgirem dúvidas, consulte um dos seus fisioterapeutas Holmes Place.

Tal como noutras articulações, pode haver problemas na própria articulação, seus ligamentos e cápsula, ou nos músculos associados a ela. Um fisioterapeuta com formação nesta área e/ou um médico especializado poderão ajudar a tratar e clarificar o diagnóstico. Apesar disso, há alguns fatores comuns: trauma direto à articulação, problemas hormonais, prótese dentária mal adaptada, stress, falta de alguns dentes ou má oclusão.

Alguns estudos experimentais sugeriram que a contração prolongada dos músculos mastigatórios em situações de stress ou tensão emocional, irá gerar inflamação nesses mesmos músculos, levando ao aparecimento de dor.

De acordo com a nomenclatura mais recente consultada, há cinco sinais e sintomas característicos da disfunção temporomandibular:

- Dor, 

- Limitação de abertura, 

- Sons articulares, 

- Desvio mandibular,

- Dificuldades mastigatórias.

Vamos ainda dar-lhe, provavelmente, outra novidade: esta articulação tem íntima relação com a postura e as alterações associadas à postura, através da sua relação com a coluna cervical, e não só. Este seria tema para outro artigo, bastante mais complexo.

Se se identificou com alguma das coisas aqui referidas, ou se ficou com dúvidas, não hesite falar e consultar um dos fisioterapeutas de um clube Holmes Place. 

Equipa Fisioterapia Holmes Place

Referências bibliográficas:

Oliveira, S. & Carvalho, D. (2002). Cefaleia e Articulação Temporomandibular (ATM). Rev. Neurociências 10 (3): 141-152.

Silva, A. (2015). Relação entre a Disfunção Temporomandibular e os Fatores Psicossomáticos. Dissertação apresentada à Universidade Católica Portuguesa Para obtenção do grau de Mestre em Medicina Dentária. Disponível: http://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/18777/1/Tese%20-%20Relac%CC%A7a%CC%83o%20entre%20a%20Disfunc%CC%A7a%CC%83o%20Temporomandibular%20e%20os%20Fatores%20Psicossoma%CC%81ticos%20.pdf. Consulta em 02/02/2017.