Os melhores exercícios para pessoas que sofrem de PARKINSON
É fundamental para indivíduos afetados pela doença de Parkinson, combinar o treino cardiovascular, força e flexibilidade para conseguir aumentar as suas capacidades ao nível da força muscular e capacidade cardiovascular.
A doença de Parkinson é uma doença crónica degenerativa que afeta cerca de 1% da população mundial com idade superior aos 60 anos, traduzindo na diminuição da capacidade funcional do indivíduo afetado.
Contudo esta ação da doença sobre o indivíduo pode ser retardada através da realização de exercício físico orientado e regular, observando-se a manutenção de aspetos funcionais de movimento e da qualidade de vida dos indivíduos afetados.
Num estudo em que pretendiam constatar qual a forma de exercício que promovia melhorias mais relevantes ao nível da qualidade de vida e mobilidade nos doentes de Parkinson, observou-se que o treino funcional é o tipo de treino que promove maiores ganhos ou garantia da manutenção dos padrões motores já anteriormente adquiridos, desde que este seja realizado com supervisão de forma regular cerca de 2 a 3 vezes por semana. O treino de caráter cardiovascular (passadeira, bicicleta, remo, elíptica) promove melhorias mais significativas a longo prazo.
Shulman, L., et all (2013) revelam no seu estudo que é fundamental indivíduos afetados pela doença de Parkinson combinar o treino cardiovascular, força e flexibilidade para conseguir aumentar as suas capacidades ao nível da força muscular e capacidade cardiovascular.
Neste sentido revela-se a importância dos indivíduos afetados pela doença de Parkinson realizarem atividade física de forma regular, o ideal será combinar o treino funcional de forma orientada/acompanhada com o treino cardiovascular, no sentido de maximizar os efeitos do treino. Isto pode levar a retardar os efeitos degenerativos da doença, “obrigando” e desafiando o corpo a manter os padrões motores já adquiridos, potenciando novos padrões de movimento e desenvolvendo a capacidade cardiovascular do indivíduo. Garantindo simultaneamente um estado de saúde física e mental.
Os doentes de Parkinson apresentam falta de dopamina, uma substância química que auxilia a transmissão de mensagens entre as células nervosas e que leva aos movimentos voluntários do corpo. A prática de exercício físico de intensidade elevada estimula o corpo a produzir dopamina, o que revela agora efeitos positivos no abrandamento da doença. Os níveis desta substância baixam após a morte das células cerebrais que a produzem. O que ainda não se sabe é o que causa a morte destas células.
Exercícios segundo a Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson:
• Equilíbrio
• Exercício/Atividade física
• Alongamentos
• Flexibilidade
Referências Bibliográficas:
Schenkman, M., Hall, D., Barón, A., Schwartz, R., Mettler, P. & Kohrtm W.(2012). Exercise for People in Early- or Mid- Stage Parkinson Disease: A 16- Moth Randomized Controlled Trial. American Physical Therapy Association, V.92, 11, pp.1395-1410
Shulman, L., Katzel, L., Ivey, F., Sorkin, J., Favors, K., Anderson, K., Smith, B., Reich, S., Weiner, W. & Macko, R. (2013). Randomized Clinical Trial of 3 Types os Physical Exercise for Patients with Parkinson Disease. American Medical Association, JAMA Neurol 70(2), pp. 183-190
Nuno Gomes
Regional Master Trainer Holmes Place